segunda-feira, 21 de junho de 2010

Viena: a cidade de Mozart

Quando era criança estudei piano durante sete anos. Sempre gostei de fazer algum trabalho artístico. Acho que é coisa de pisciano. Mas, enfim, comecei o post falando sobre isso porque foi aqui em Viena que tive uma das mais gratas surpresas da viagem. Visitamos o Palácio de Schönbrunn, o palácio de verão da realeza de Habsburg, onde aos seis anos o menino Mozart tocou pela primeira vez para a rainha Maria Tereza da Austria. Quem já assistiu ao filme Amadeus, que conta a história do músico, deve lembrar da cena em que logo depois de tocar sua sinfonia, ele pula no colo da rainha e lhe dá um beijo no rosto. Pois é, reza a lenda que isso aconteceu de verdade!
A visita a este Palácio foi mais uma aula de história. Virei fã dessa rainha Maria Tereza e da sua filha Sissi. Na verdade, já era fã de outra de suas filhas: Maria Antonieta, que se tornou rainha da França.
Sissi se casou com o imperador Francisco José em um desses casamentos arranjados, mas felizmente acabou amando loucamente seu marido. E a recíproca era verdadeira! O rei também adorava sua esposa! Apesar disso, ela odiava ter que casar as filhas da mesma forma! Ela era uma mulher questionadora para os padrões da época, assim como sua irmã. Além disso, era super vaidosa, tinha um cabelão enorme que passava horas arrumando e era super preocupada com o corpo. Quando visitamos os seus aposentos reais, me chamou atenção uma balança dessas bem antigas na sua sala de banho! Sissi morreu assassinada por um anarquista em 1898 e seu marido morreu de velhice em 1918. A cama onde ele faleceu e uma pintura mostrando o seu último suspiro são algumas das atrações da visita. Mórbido né?
Este “pequeno” palácio de apenas 1.441 quartos (rsrs) abrigava a realeza nas férias de verão. Ele começou a ser construído em 1311. Em 1569, o palácio começou a fazer parte da família Habsburgo e foi assim até 1918 quando a República se instalou na Áustria. Lá, foram realizados vários jantares, festas, casamentos e afins tanto na parte interna quanto nos fabulosos jardins que, durante esta época do ano, ficam cheios de flores (em especial, rosas) e dão um ar todo colorido ao local. Devo dizer que, na minha humilde opinião, este palácio chega a ser mais bonito que o de Versalhes, na França. Aliás, ambos são muito semelhantes!
Foram ao todo umas duas horas de visita ao Palácio. Saímos de lá por volta das 16 horas e fomos a Stephen´s Cathedral. E devo dizer que essa é uma das igrejas mais lindas que eu já entrei. Essa igreja funcionou como centro religioso, cultural e geográfico de Viena durante oito séculos! Seu interior é fenomenal, com vitrais e imagens de santos bem no estilo gótico. Vale muito a pena visitar, mesmo se você não for católico ou já estiver overload de tanta igreja na Europa.
Da igreja direto para o parque de diversões. Foi exatamente isso que fizemos. Não poderíamos sair de Vienna sem dar uma voltinha na mais antiga e maior roda gigante do mundo localizada no Wurstelprater park. Construída em 1897 para celebrar o Jubileu de Ouro do Imperador Francisco José, mantém a mesma estrutura até hoje e ganhou fama internacional em 1949 por conta do clássico filme O Terceiro Homem, quando uma das cabines do brinquedo foi palco de uma discussão entre Orson Welles e Joseph Cotton. Além de ser emocionante ver Viena de uma altura de 65 metros, conseguimos fazer muitas fotos lindas de todos os principais pontos da cidade.
Fechamos o dia tomando um original café vienense no Kunst Haus Wien, um conjuntinho lindo de casas coloridas onde todo ano os artistas mudam a pintura das paredes tornando o bairro uma das atrações mais esperadas da cidade.
Ufa, cansamos! Hoje a noite vamos dormir no trem. Fecharemos o olho em Viena e vamos acordar em um dos lugares mais bonitos do mundo: Suíça. Nossa próxima parada é a região de Interlaken (entre lagos) onde vamos ficar hospedadas em um hotel que foi inaugurado no final de 1800. Haja história pra contar!
Baba! (jeito vienense de dizer “até logo”)

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